Gigantes mundiais de cassinos e apostas querem entrar no mercado brasileiro

2024-04-08
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A explosão no mercado de apostas brasileiro está atraindo gigantes globais do setor. Reportagem de O Globo aponta que empresas como a DraftKings, Hard Rock International e a MGM Resorts International, além da Caesars Entertainment, avaliam entrar no mercado nacional.


Esses nomes estão entre as mais de 130 empresas que manifestaram interesse prévio em uma licença brasileira, de acordo com o Ministério da Fazenda.


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"Estamos empolgados em ver o Brasil aprovar legislação de jogos on-line, e como uma das mais de 100 empresas que apresentaram manifestações de interesse, continuamos a explorar o potencial de expansão para o Brasil no futuro", disse Griffin Finan, vice-presidente sênior e advogado-geral adjunto da DraftKings, em comunicado por e-mail ao jornal.


A Hard Rock não respondeu a um pedido de comentário. A MGM confirmou seu interesse no Brasil em fevereiro, quando o CEO Bill Hornbuckle disse durante uma teleconferência de resultados que a operadora de cassinos sediada em Las Vegas planejava examinar uma parceria em empreendimento conjunto no país; "O Brasil vai  entrar no jogo tanto para cassinos quanto para empresas de apostas, e planejamos estar lá quando isso acontecer" disse Hornbuckle na ocasião.

Consolidação do mercado

Segundo a consultoria Datahub, o Brasil tem atualmente mais de mil operadores de jogos diferentes. Com os olhos do mundo voltados para o país, inevitavelmente o mercado local passará por uma aguda consolidação do setor - e as empresas menores terão que se adaptar ou ficarão pelo caminho. 


A nova lei exige que as empresas paguem até R$ 30 milhões por uma licença que pode precisar ser renovada a cada cinco anos, dependendo das análises do Ministério da Fazenda. A lei prevê ainda um imposto de 12% sobre as receitas brutas de jogos.


"Tem muita gente séria que não conseguirá pagar por essa licença", afirmou à reportagem Darwin Henrique, CEO da Esportes da Sorte.

As apostas têm experimentado um crescimento igualmente rápido: em 2022, o Brasil ficou em 10º lugar globalmente com US$ 1,5 bilhão em receitas brutas de jogos, segundo dados da Entain, uma das maiores empresas de apostas esportivas on-line do Reino Unido. Em 2021, o Brasil não aparecia nem entre os 15 primeiros mercados globais.


As receitas brutas totais dos jogos de azar do mercado on-line regulamentado devem crescer para quase US$ 5 bilhões nos próximos cinco anos, projeta a empresa de pesquisa de mercado Vixio GamblingCompliance.

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